Da Riqueza à Falência: O Que Deu Errado com a Argentina?

Fala, sócio! O que deu errado com a Argentina?

Por que, afinal de contas, uma nação fértil, de território produtivo, com a população alfabetizada e orgulhosa, é hoje um símbolo do fracasso?

Se você quer entender um pouco mais sobre os erros da Argentina, assista a este vídeo até o final!

“Rico como um argentino” — ou, em sua concepção original, em francês, riche comme un argentin. Assim eram definidos os turistas que, ao desembarcar em Paris, no início do século XX, gastavam dinheiro sem pudor, fossem eles platenses ou não.

As estatísticas da Argentina contam um pouco daquele tempo de fausto, em que as exportações de carne e trigo a transformaram na sétima economia do mundo.

Os argentinos da oligarquia, que saíam do campo para viver na cidade, tinham em média US$ 75,7 depositados nos bancos, segundo dados de 1913. A média brasileira era de US$ 9,4.

Em 1915, eram 35 mil quilômetros de trilhos — a oitava rede do planeta e a terceira do Ocidente, atrás apenas dos Estados Unidos e do Canadá.

O Teatro Colón rivalizava com a Ópera parisiense.

A Avenida 9 de Julho era mais larga que a Champs-Élysées.

O escritor inglês James Bryce, ao retornar de uma viagem a Buenos Aires, definiu a Argentina com uma comparação sucinta: “São os Estados Unidos do Hemisfério Sul”.

A queda argentina, a passagem da riqueza à bancarrota, é um dos grandes enigmas históricos dos últimos 100 anos.

Por que, afinal de contas, uma nação fértil, de território produtivo, com a população alfabetizada e orgulhosa, é hoje um símbolo do fracasso?

Em resumo, tudo converge para um longo histórico de incompetência política.

Em 1960, a Argentina era disparada a maior economia da América do Sul, mesmo tendo um território e uma população muito menor que o Brasil.

O PIB argentino correspondia a 37,9% do total gerado na América do Sul, enquanto o Brasil representava apenas 26,4%.

Para efeito de comparação, agora em 2022, a Argentina representa apenas 15,5%. Já o Brasil, 50,4%.

Em 1989, em seu pior episódio de hiperinflação, a Argentina tinha uma inflação mensal de 197%.

Em 1991, a Argentina já tentou a “brilhante” ideia de paridade entre peso e dólar, forçando uma cotação irreal entre essas moedas.

Resultado: por um tempo, até deu certo e ajudou a controlar a inflação, mas secou as reservas do país, aumentou o endividamento externo e encareceu muito os produtos argentinos, ferrando suas exportações.

Eles também já deram um dos golpes mais covardes em sua população, quando permitiram a abertura e manutenção de contas bancárias em dólares. Outra medida que parecia maravilhosa… até deixar de ser.

Depois de acabar com a paridade dólar-peso argentino, o que causou uma forte desvalorização da moeda argentina, eles tomaram duas famosas medidas:

1) Corralito

Em 2001, os saques em dólares foram limitados a $250 por semana, causando uma corrida bancária e forte onda de protestos.

2) Corralón

Como se o “Corralito” tivesse sido pouco, em 2002 veio o “Corralón”, que foi a conversão forçada de dólares em pesos argentinos por uma cotação que causou uma perda de 65% do valor mantido em dólares.

Em outras palavras, o Governo argentino tomou os dólares de seus cidadãos por uma cotação extremamente desfavorável (é roubo que chama?).

Daí em diante, não existia mais confiança na Argentina.

Vários calotes em pagamentos de sua dívida externa, acordos quebrados com FMI, congelamento de preços, estatização de empresas privadas…

Tudo isso se refletiu na desvalorização do peso argentino…

Volta da inflação descontrolada…

Aumento da pobreza…

E todas essas notícias horripilantes que temos vistos nos últimos meses.

Em linhas gerais, é isso.

ONDE EU QUERO CHEGAR COM ISSO?

Não quero falar sobre política, tentar prever o futuro ou me tornar o mensageiro do apocalipse…

…mas não vale a pena pagar para ver, né?

Não dá para deixar seu dinheiro apenas no Brasil. É fundamental que uma parte do seu patrimônio esteja investido diretamente no exterior. E o melhor mercado para isso é o americano.

Por que?

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Aqui estão os principais tópicos do vídeo:

0:00 Introdução
0:52 “Rico como um argentino”
3:15 Declínio da Argentina
4:12 Brasil versus Argentina
5:11 Hiperinflação argentina
6:45 Contas Bancárias em Dólares
8:23 Corralito
9:22 Corralón
11:12 Consequências na Economia
15:15 Como Se Proteger da “Argentinização”
17:03 Por Que Investir nos EUA
20:09 Como Começar a Investir nos EUA

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